segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Hotéis na Bahia podem escolher produtos da agricultura familiar por catálogo

Foto: Albino Souza/ MDA
Um catálogo com opções de alimentos produzidos pela agricultura familiar baiana para o paladar exigente de hóspedes dos hotéis de luxo do estado foi lançado na noite da última sexta (25), durante jantar promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA) no hotel Catussaba, em Salvador.


Presente ao evento a convite da ABIH-BA, o ministro Afonso Florence pôde conhecer a publicação elaborada pela União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado da Bahia (Unicafes-BA), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o governo do estado, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (ABDA), os bancos do Brasil e do Nordeste, Sebrae e Conab.


O jantar, do qual participaram aproximadamente 200 donos de hotéis baianos padrão quatro e cinco estrelas, foi servido com base no catálogo. Carnes de carneiro e de tilápia, vinhos e espumantes, chocolates e geléias de frutas – tudo produzido por agricultores familiares do estado -, fizeram parte do menu. O Catálogo de Produtos da Agricultura Familiar apresenta um leque variado de opções para serem servidas no café da manhã: iogurtes, achocolatados, misturas para mingau e canjiquinha, bata-doce, aipim, inhame -, além de cortes variados de cordeiro e tilápia e sobremesas à base de doces feitos de frutas (cacau, goiaba, umbu).

“Eventos como esse permitem a abertura de um mercado consumidor que irá contar com os bons produtos da agricultura familiar: alimentos saudáveis e baratos na mesa de seus clientes”, disse o ministro Afonso Florence. “A aquisição de produtos oriundos da agricultura familiar pelo poder público, seja através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), seja através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), consolidou um lugar econômico da agricultura familiar na produção agropecuária nacional, e na baiana em particular. Agora estamos avançando no setor privado”, completou.

Bahia tem maior nº de agricultores familiares

A Bahia é o estado com o maior número de agricultores familiares do Brasil: são 665.831 estabelecimentos familiares, o que corresponde a 87% de todos os estabelecimentos agropecuários do estado, e uma contribuição em torno de 11% para o PIB baiano. Para estimular o setor, o MDA está investindo na Bahia (safra 2011/2012) R$ 900 milhões, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) são R$ 8,8 milhões.

O presidente da ABIH-BA, Manolo Garrido, destacou que a iniciativa da entidade é impulsionar a adoção de produtos da agricultura familiar na rede hoteleira. “Aproveitamos nossa festa de final de ano para apresentar esses produtos de alta qualidade produzidos aqui mesmo na Bahia”, afirmou.

Fonte: Notícias Portal MDA

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Consumo de orgânicos aumentou de 20% a 25% na região de Campinas, neste ano


Feira Pé na Roça, realizada pela Rede de Agroecologia
da Unicamp, todas as sextas-feiras, na Estação Guanabara.

Ampliação do mercado é relacionada à obrigatoriedade de uso do selo oficial único no varejo, a partir de 1º de Janeiro de 2011. Em dez anos, número de produtores certificados dobrou na região

Desde que passou a ser obrigatório no varejo o uso do selo oficial que atesta a origem de alimentos orgânicos (1º de Janeiro de 2011), o consumo destes alimentos aumentou de 20% a 25% na região de Campinas. Essa é a avaliação de José Augusto Maiorano, diretor-técnico da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral- órgão do governo estadual) e diretor-secretário da ANC (Associação de Agricultura Natural de Campinas).


O selo oficial, único em todo o Brasil, integra o Sistema de Avaliação de Conformidade Orgânica, que reúne órgãos e entidades federais e organismos de avaliação da conformidade credenciados pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse Sistema garante que os produtos à venda com o selo oficial são de origem orgânica, conforme previsto na Lei 10.831/ 2003, regulamentada pelo decreto 6.323/ 2007.


Notícia veiculada no site do MAPA (3/2/2011) aponta o crescimento de 40% do valor total obtido com a comercialização de orgânicos no mercado interno, em 2010, comparado com o ano anterior. Ao final de 2010, o número de produtores brasileiros em conformidade com as novas regras era de 5,5 mil.


Segundo Maiorano, a ANC é a única certificadora atuando na região de Campinas (aproximadamente 20 cidades). Ele disse que, em dez anos, o número de produtores certificados nessa região passou de 30 para 60. "E ainda temos outros vinte em fase de conversão ao Sistema de Conformidade, dos quais cinco são da cidade de Campinas", completa.


Semana da Agricultura Orgânica de Campinas



Abertura da 10ª Semana da Agricultura Orgânica de Campinas 
O período comparado deve-se à 10ª edição da Semana da Agricultura Orgânica de Campinas, que começou ontem e vai até sexta-feira (30 de Setembro de 2011), com a realização de oficinas, minicursos, palestras e feiras. A participação é gratuita e o público esperado é de produtores e outros interessados. 


"Nesses dez anos observamos aumento nas vendas e na produção, mas ainda é menor do que gostaríamos. É preciso maior conscientização dos consumidores sobre os benefícios dos orgânicos", avalia Maiorano. Ele aposta na realização de eventos como essa Semana de Agricultura Orgânica e as feiras de produtos orgânicos, como as realizadas periodicamente em Campinas. 

A expectativa de público, segundo Maiorano, é de 120 pessoas por dia de evento. A Semana de Agricultura Orgânica é organizada pela Cati, ANC, Embrapa e Sindicato Rural de Campinas e conta com o apoio da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa). As atividades da Semana acontecem no Auditório da Cati (Avenida Brasil 2.340, no Jardim Chapadão), na Estação Guanabara (Rua Mário Siqueira, s/n, Jardim Guanabara) e no Parque Ecológico de Campinas. 

O que são produtos orgânicos?

Verduras, legumes, frutas, castanhas, carnes, pães, café, laticínios, sucos e outros produtos, tanto in natura, quanto processados, são considerados orgânicos quando cultivados sem agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias sintéticas. A prioridade é empregar matéria orgânica e adotar boas práticas que harmonizem os processos biológicos.

Os produtos orgânicos também são provenientes de sistemas agrícolas baseados em processos naturais, que não agridem a natureza e mantêm a vida biológica do solo ativa. As técnicas para obter o produto orgânico incluem manejo especial do solo e diversidade (rotação) de culturas, que garantem a qualidade dos alimentos. Também são características fundamentais na produção orgânica a responsabilidade social e ambiental, como o uso adequado do solo, água, ar e dos recursos naturais.

Fontes:


Ceasa (Assessoria de Imprensa). Neste link é possível obter detalhes da programação da Semana de Agricultura Orgânica de Campinas- http://www.ceasacampinas.com.br/novo/NoticiasVer.asp?id=749

Fotos: Divulgação RAU (Rede de Agroecologia da Unicamp) e Cati (Assessoria de Imprensa)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

WWF-Brasil anuncia descoberta de nova espécie de macaco no MT



Descoberta evidencia importância de unidades de conservação. Primata foi encontrado em dezembro de 2010 durante expedição científica promovida pelo WWF-Brasil e Secretaria Estadual de Meio Ambiente
  
Uma nova espécie de primata foi encontrada na Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, no noroeste do Mato Grosso e está sendo submetida a estudos que visam detalhar seu caráter inédito para os mastozólogos e primatólogos do mundo todo. O tombamento foi realizado em maio na coleção científica de mamíferos do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA).

O espécime, pertencente ao gênero Callicebus, conhecido como zogue-zogue, foi coletado durante a Expedição Guariba-Roosevelt, realizada em dezembro de 2010 pelo WWF-Brasil em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema) e a Mapsmut. Na ocasião, 9 pesquisadores visitaram quatro unidades de conservação do estado do Mato Grosso para colher subsídios para a redação dos planos de manejo dessas áreas protegidas. O trabalho durou vinte dias e terá seu resultado consolidado ainda este ano, com a publicação oficial dos planos de manejo.

O primata foi encontrado entre os rios Guariba e Roosevelt, dois dos mais importantes cursos d’água do noroeste mato-grossense. O pesquisador responsável pela descoberta, o biólogo Júlio Dalponte, esclareceu que o pequeno primata apresenta características de coloração diferentes das outras espécies de zogue-zogue conhecidas na região. “Este primata tem detalhes na cauda e na cabeça que não foram vistos até agora em outros zogue-zogues originários desta área”, contou.

Júlio explicou que o registro e depósito (tombamento) do animal significa, na prática, sua incorporação à uma coleção cientifica brasileira, no caso, a do Goeldi. “Este é mais um passo neste trabalho de descobrir e catalogar uma nova espécie. Ainda faremos sua descrição e a publicação de estudos mais detalhados sobre ela, mas não há dúvida de que seja uma nova espécie”, contou.

A descrição da espécie, com os estudos sobre suas características físicas e biológicas, deve levar cerca de seis meses para ser concluída. A publicação da descoberta em periódicos especializados pode levar até um ano entre a submissão do trabalho e a aprovação por parte dos comitês editoriais de revistas científicas.

No Goeldi

Assim que chegou ao Goeldi, o primata foi classificado seguindo normas internacionais de taxonomia. Os dados biométricos do animal como peso, cor do pelo e comprimento de cauda foram registrados, assim como outras informações sobre sua ocorrência e sobre a coleta – como o pesquisador coletor, o habitat e período da coleta. Amostras de pelos e músculos foram retirados para análises moleculares e todas essas informações serão disponibilizadas futuramente em fichas informatizadas, passíveis de ser consultadas por outros pesquisadores.
  
Segundo o coordenador do Programa Amazônia do WWF-Brasil, Mauro Armelin, a descoberta de uma nova espécie de mamífero coloca em evidência a importância das unidades de conservação para a proteção das espécies da flora e fauna e também para a pesquisa científica. “O Brasil é uma país megadiverso e é fundamental a conservação dos ecossistemas e das espécies. Precisamos conhecer mais essa riqueza e promover o uso sustentável dos recursos naturais”, afirmou Armelin.

Lançado em 2010 pela Rede WWF, o relatório Amazônia Viva: uma década de descobertas 1999-2009 mostrou que mais de 1.200 novas espécies de plantas e de animais vertebrados foram descobertas na Amazônia entre 1999 e 2009.  Isso significa uma nova espécie a cada três dias. “Ainda há muito o que descobrir”, comentou o engenheiro florestal.

“A perda de habitats naturais continua sendo uma grande ameaça para a biodiversidade brasileira. Por isso, é muito importante a criação e implementação de unidades de conservação com a coleta de informações e elaboração dos planos de manejo. A realização da Expedição Científica Guariba-Roosevelt é uma forma de apoiar a secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso a conservar a riqueza natural do estado”, explicou Armelin.


Conheça todos os resultados da Expedição Guariba-Roosevelt em:

Para ver Relatório Amazônia Viva:

Foto: WWF- Brasil

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Em Campinas (SP), consumidor consciente agora pode pôr o Pé na Roça

Que tal comprar legumes, verduras e frutas orgânicas direto do produtor? Acho que esse é um desejo de todo consumidor consciente, que conhece os benefícios que estes produtos trazem à saúde e ao Meio Ambiente, mas que muitas vezes deixa de comprar porque os preços nos supermercados são um pouco “salgados”. Confesso, eu sou uma dessas pessoas.

Pois bem, para quem pensa assim e mora em Campinas (SP- Brasil) esse desejo foi atendido! Todas as sextas-feiras, entre 16h e 19h, produtores ligados à Rede de Agroecologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) oferecem seus produtos direto da roça e livre de agrotóxicos no CIS (Centro Cultural de Inclusão e Integração Social)- Guanabara, que fica no prédio da antiga Estação Ferroviária Guanabara.

No local também é possível adquirir produtos caseiros, preparados com ingredientes de origem orgânica. E olhe só que bacana: além de levar para casa produtos mais saudáveis e de qualidade por preços acessíveis, você também estará ajudando esses produtores, muitos deles originários de projetos sociais de agricultura familiar e economia solidária.

Sexta na Estação

Pense só, em um único gesto ajudar a você e sua família, consumindo produtos mais saudáveis, contribuir para a inclusão social de muitas famílias ligadas à Rede e contribuir, indiretamente, para que cada vez mais esses alimentos sejam produzidos sem o uso de produtos químicos e técnicas que agridem o Meio Ambiente. É show! Então prepare sua sacola retornável e programe sua visita à Feira Pé na Roça.

A Feira integra o projeto Sexta na Estação, do CIS Guanabara, iniciado dia 8 de Julho de 2011. O objetivo é promover um espaço de inclusão social e cultural através de atividades de qualificação, sensibilização e vivência relacionados à Saúde, Alimentação, Ambiente e Qualidade de Vida. Entre as outras atividades realizadas às sextas-feiras no CIS-Guanabara estão oficinas, debates, cinema, atividades lúdicas e educativas para crianças e apresentações musicais.

Onde:
O CIS-Guanabara fica na Rua Mário Siqueira, 829, Botafogo. A rua é uma paralela da avenida Barão de Itapura, atrás da Unimed. O acesso às atividades e o estacionamento são gratuitos.

Quando:
Todas as sextas-feiras, das 16h às 19h.

Mais informações:
A programação completa pode ser conferida no site da Rede- http://www.cisguanabara.unicamp.br/rededeagroecologiadaunicamp

Fontes: Rede de Agroecologia da Unicamp e CIS-Guanabara.